Não consigo ser eu mesma a todo o momento. Perco-me em pensamentos e junto e guardo todos, e assim nunca a coesão me representa. Não quero pensar porque fico só, mas estou sózinha porque ninguém me entende, nem eu mesma.
***
Não sei quando irei encontrar calmaria nestas àguas furtadas, nem repouso neste vaivém. Anseio pelo sossego e estabilidade mas não sei até que ponto os desejo mesmo. Toda eu sou agitação e vida e é-me dificil ancorar à terra. Não sei até quando posso viver por isso vivo sem horizonte só para disfrutar ao máximo. O meu problema é que quero tudo à minha disposição, mas nada para utilizar.
Deixo-me pelas palavras e vou,
dedico-me ás acções e fico,
grita o meu insconsciente, aflito,
quem sou eu?, se nem sei quem sou.
Não sei o que faço e o que penso não sei,
mergulho em pensamentos, mas quem eu serei?,
entristeço-me comigo porque o que penso não faço,
e o que faço nem medito um pedaço.
Não amo nada mas sei que quero tudo amar,
só adormecida sou eu mesma por isso não quero acordar.
Não quero ser conservadora nem demasiado liberal,
nem demasiado diferente nem igual,
quero ser dois extremos e nunca um centro,
nem distante do mundo mas também não tão dentro.
Sou eu própria antagónica e não me compreendo,
eu esforço-me por isso e tento,
mas os meus eu's trocam-se ao sabor do vento,
e eu não vou acompanhando nem vendo.
Quero mudar o mundo, mas não tenho forças para me mudar a mim...
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