Quero expôr o meu mundo interior e fazer dele uma aldeia, uma vila. Quero projectá-lo nesta tela enorme e redonda que é o planeta e habitá-la de todos os tipos de seres.
Que me importa o formato ou a cor das criaturas?
Quero impregná-las de sensações fantásticas e de pensamentos distintos, quero emocionar-me com as interacções entre elas e vê-las qual teatro à minha frente, e com tal vivacidade que esse mundo que saiu volte a invadir-me o espírito e a baloiçar tudo cá dentro!
Mais que tudo, quero realmente que esse mundo seja o futuro. E não me importo que não seja o meu futuro, se for o de alguém!
Quero que o futuro possua vidas cheias, e não apenas simulações mecânicas e pré-fabricadas. Quero sentimentos em forma de flores e até notas musicais a rodopiarem à minha volta, corações a apertarem-me e a encherem-me de calor e frio, dúvidas e certezas!
Quero sonhos, e que os sonhos sejam as vidas, e que os sonhos e ambições não sejam palpáveis!
(...)
Sunday, June 13, 2010
Delicio-me com a forma como prestas culto ao meu corpo e como o mimas com leveza dentro dessa excitação e loucura que sentes quando o vislumbras. É de porcelana e por isso não o deixas cair, é de barro por isso usas as mãos para o moldar ao teu gosto e gesto.
Sublinhas os meus contornos e desenhas a minha silhueta com os teus palmos. E vão preenchendo e colorindo a minha figura à medida que se afastam dos limites para o centro, como se toda eu fosse uma criação tua, ou pelo menos fosse feita para encaixar nos teus membros superiores.
Devaneios
Ao longe ouço o correr da àgua da cascata. Prendo os meus ouvidos e ensino-os a morder as sensações. Não quero perder este som nem vai cair no esquecimento. Agora é meu e moldo-o como quero.
Ao longe e mal, mas vejo o escorregar relutante da àgua da cascata. O rumo já traçado puxa-a e obriga-a. Toda a imagem me tranquiliza e quero vive-la até não-mais. Estas carícias que a minha mãe natureza me dá fazem-me sentir no topo da cascata.
Num alucinar, caio de chapa ao rio que me toma como dele, corro pela floresta que me é a melhor cidade de todas.
Ao longe e mal, mas vejo o escorregar relutante da àgua da cascata. O rumo já traçado puxa-a e obriga-a. Toda a imagem me tranquiliza e quero vive-la até não-mais. Estas carícias que a minha mãe natureza me dá fazem-me sentir no topo da cascata.
Num alucinar, caio de chapa ao rio que me toma como dele, corro pela floresta que me é a melhor cidade de todas.
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