Relembrando ontem à noite lembro-me de pequenas sensações.
Lembro-me de me encostares a ti e encostares os teus lábios aos meus, e de ficarmos assim, eternamente. Lembro-me que me puxaste para ti só com uma mão posta nas minhas costas e fechaste os olhos para me beijares.
Vá, torna-te em mim. Toma-me como tua. Aspira-me as entranhas e consome-me por dentro. Suga-me os sentidos, não quero ponderar, quero saciar o que paira sobre nós sempre que estamos juntos, sem hesitar, sem considerar o erro.
Repara, disseste 'nunca foste, não és, e nunca me serás indiferente'. Mas de que servem as palavras agora? Não as podemos cumprir, apenas servem para desapertar nós na garganta que sentimos sempre que nos olhamos. É pecado? Eu considero. E tu também, mas não queres pensar assim, porque queres-me ter durante mais tempo.
Não posso esperar por ti nem vou fazê-lo, mas, já sabes que, independemente de tudo, não há nada no mundo que possas fazer (e sei que já tentaste de várias formas) para me poderes eliminar da tua cabeça. Por isso vive comigo que eu não te olho mais, e segue o que tens a fazer. Não há problema, porque é a maneira mais correcta que tens de gostar de mim e de não deixares de gostar de ti próprio.
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