-Olha as núvens ! Movem-se rápido e camuflam-se a meio da corrida. São batoteiras, se eu fosse árbitro elas eram penalizadas.
- Então… e porquê?
- Achas justo que umas sejam dragões e outras pequenos passarinhos?
- E não é assim a lei da vida? Uns mais fortes e outros mais fracos?
- Somos meras crianças, a vida para nós leva um rumo mais idealista. Eu mal sei o que é a vida, quanto mais uma lei da vida! Quem criou as leis da vida…? Hm, Não sei. Mas seja quem for que as tenha criado, deu-me uma ideia.
- Qual?
- Que também sou livre de as criar. As leis são uma aplicação da justiça, e quem cumpre uma lei da vida e é injustiçado não sei o que tem na cabeça. Somos livres, porque não as contrariar?
- Tens razão, não tinha pensado nisso. Mas então como fazemos uma lei? Ou melhor, como fazemos com que a lei que criámos seja aplicada no dia-a-dia?
-Ora, mas eu não sou uma enciclopédia, muito menos o génio da lâmpada. Como hei-de saber? Só pensando…e muito! E para isso preciso de tempo…muito!
- Nesse caso, podemos ir começando por tornar as coisas mais justas na àrea mais próxima de nós… aplicar as leis nas pessoas que nos rodeiam! E vamos crescendo, e vamos tentando. Nunca te separes de mim e então encontraremos uma solução juntas. Para além do mais, equilibramo-nos uma à outra: umas vezes, és tu o dragão – salta-te a tampa e ficas fula, és protectora e mandona; outras sou eu. E quando eu sou o dragão, tu és o passarinho – ages mais subtilmente mas consegues, também como o dragão, muito do que queres; és encantadora e prestável. No entanto, o dragão pode parecer mau, mas não é verdade. A junção dos dois animais faz um equilíbrio perfeito, uma dupla quase que imbatível. Quem sabe, poderemos um dia, mudar o mundo e torná-lo nosso. É o nosso mundo.
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