Thursday, January 22, 2009

Nada nos priva deste amor


Nada nos priva deste amor, mas tudo o ameaça. Quem não o espalha, quem não o difama? Todos o fazem; todos o afectam.
De que importa querer ser tua, se tu agora não queres propriedades? Para quê ver-te como vejo, com carinho e desejo, se tu não me queres aceitar nem confirmar o que sentes?
Mas não me esqueças. Não passes uma borracha por cima de mim. Não nos esqueças. Não murches as rosas do nosso amor...deixa-te sonhar connosco; comigo.
Não ponhas o preto no branco, e se puseres, mistura-os, deixa a tua visão turvar.
Deixa o sonho nos guiar e vamos amar-nos por momentos...
Eu olho-te, tu olhas-me, eu mordo o lábio, tu elouqueces.
Tu observas-me, eu fito-te, tu aproximas-te, eu fico anciosa.
Eu toco-te, tu mimas-me, eu perco a saliva, tu perdes a cabeça.
Tu beijas-me, eu entrego-me, tu amas-me, eu arrepio-me.
Podes só me desejar agora, mas nada nos priva deste amor, e tu vais-me querer para sempre.

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