
Nada destrói este jogo mental, os dados estão viciados e as personagens não mudam. Daí que te tornes uma obcessão, «hoje és inatingível, mas amanhã talvez não», mentalizo. E a situação é infindável até eu encontrar um final feliz, que me console num sorriso. Hoje é apenas mais um dia de batalha, como foram muitos outros, «mas este é diferente, tu desejas-me aos poucos». Então, contrario o desejo?! Nunca, se ele me faz feliz!!
Então pinto o passado com as cores do presente, «mas assim estou a distorcê-los e o passado não mente», apercebo-me. Mas não. Estou apenas a conjugar tempos verbais em conjunto. Eu sei, eu sei distingui-los. Apenas aprecio saborear o passado porque já não me magoa e porque é bom reconstruir boas memórias como estas, tão desejáveis e invejáveis, para as sentir, adorar e entranhar.